Adaptar, a principal habilidade da sua vida

A adaptação aos meios, ambientes e situações é a principal habilidade de uma pessoa.

Eduardo Sully 👥
6 min readMay 4, 2023
Adpte ou morra — unsplash
Photo by Brett Jordan on Unsplash

Não há como negar: em um mundo cada vez mais complexo e dinâmico, a capacidade de se adaptar é fundamental para o sucesso pessoal e profissional. Na verdade, pode-se dizer que a adaptação aos meios, ambientes e situações é a principal habilidade de uma pessoa. Afinal, aqueles que conseguem se ajustar rapidamente a novas circunstâncias e aprender com elas são os que prosperam. Então, se você deseja ter sucesso em sua vida e carreira, é essencial desenvolver essa habilidade vital de adaptação.

Adaptação aos meios, ambientes e situações é a principal habilidade de uma pessoa — Eduardo Sully

Você já precisou fazer algo muito diferente do que costumava fazer? Em algum momento da sua vida precisou rever o que estava fazendo, buscando melhoria?

Sim, é comum que as pessoas precisem fazer algo muito diferente do que estão acostumadas em algum momento de suas vidas, seja por necessidade, mudança de circunstâncias ou busca por crescimento pessoal e profissional. É natural que nesses momentos, seja necessário rever e refletir sobre as práticas habituais para encontrar novas formas de melhorar e evoluir em direção aos objetivos desejados. A disposição para sair da zona de conforto e buscar novas alternativas é fundamental para o sucesso em diversas áreas da vida. Tá, não vamos aqui qualificar o que é sucesso, ele pode e deve ser diferente para cada pessoa, e o intuito aqui não é trazer essa definição.

Rapidamente, vou te mostrar porque adaptar é a principal habilidade para a sua vida, se deseja crescer e ter uma carreira, e porque não, uma vida promissora. Mais antes, deixa eu te contar uma pequena história de vida, da minha vida.

Quando era adolescente não pensava muito na profissão que iria atuar pela vida inteira e isso poderia ser pensamento de adolescente revoltado, mas na minha cabeça eu só queria viver o aqui e agora. O tempo foi passando e comecei a levar a música como profissão, tocando em bares, restaurantes e organizando os próprios eventos e shows. Um dos locais que tocava foi fechado e a lei do silêncio entrou em vigor. Boa parte dos locais não podiam mais ter música ao vivo, aí vem as primeiras grandes adaptações da minha vida. Precisei sair das baquetas 🥁 para instrumentos de percussão, que ainda não tinha experimentado. Mas não fiz isso profissionalmente, foi uma adaptação para não abandonar a música de vez, o que aconteceu mais pra frente.

Nessa época o design gráfico chegava na minha vida e nem sei como isso aconteceu. Eram muitas novidades e já estava empolgado com a área. Quando gosto de algo, aprofundo no assunto para conhecer ainda mais e isso é um hábito. Bom, nem precisa dizer que estudei incansavelmente, horas a fio na frente do computador tentando entender, e isso ocorre em todos os assuntos que fazem sentido pra mim. E essa busca por conhecimento me tornou também autodidata.

Escolher o design como profissão foi muito fácil, havia experimentado as duas profissões de desejo, os sonhos que queria viver, ainda sem saber qual era esse sonho.

Comecei em design gráfico e após um período evoluí para o cargo de diretor de arte, atuando em agência de publicidade e propaganda, essa foi a minha maior adaptação. Mas houve uma transição antes disso. Havia trabalhado em gráficas de impressão (papéis) e comunicação visual (letreiros e adesivos) e a minha primeira atuação em agência foi como produtor gráfico, (aqui está os slides de um dos workshops da época). No corre corre do dia a dia da agência surgiu a oportunidade de criar uma peça a toque de caixa. Ela foi aprovada sem ressalva e perguntaram que havia produzido. Ali nascia mais uma ramificação da minha jornada profissional, começava a carreira de diretor de arte.

Workshop produção gráfica
Workshops produção gráfica (2010–2016)

Nessa altura, tive contato com códigos de programação web e me fascinava como tudo acontecia "do lado de fora". Inquieto que sou, resolvi me aprofundar nos estudos e levar isso para a agência, acumulando mais uma função, dessa vez de Web Designer, desenvolvendo Landing Pages, sites e outras peças digitais, muita das vezes usando o WordPress. Cada novo cliente um novo contexto, precisava estudar e entender o segmento e suas necessidades, atuando na criação de campanhas on/off.

Curso de aprimoramento em web, ministrado na iso4 Comunicação — sitemap (2011)
Curso de aprimoramento em web, ministrado na iso4 Comunicação — sitemap (2011)

Um grande salto em um pequeno espaço de tempo, cuidado de três funções, equilibrando os pratos e tentando não deixar nenhum cair. Talvez tenha sido um dos momentos de maior aprendizado da minha carreira, mas principalmente de adaptação.

Nenhum novo aprendizado vem sem adaptação e resiliência — Eduardo Sully

Como você sabe, o design é uma profissão em constante mudança e tem passado por grandes transições e evolução, é preciso estar em movimento, buscar conhecimento e ter equilíbrio o tempo todo. Novamente me deparei com novas adaptações. Saí do design “convencional” para as verticais e comecei a atuar como UX/UI Designer em uma fábrica de software, mais uma vez uma grande novidade pra mim, onde conheci novas linguagens de programação atuando como front-end developer, nova cultura empresarial, novas formas de pensar…

Não só na carreira profissional vivenciamos adaptações, elas estão por toda parte, trazendo provações e nos avaliando ou validando de fato se estamos prontos para um próximo nível. Por isso repito, adaptação é a principal habilidade da sua vida.

O que você pode fazer para ser mais adaptável na sua vida?

Esse é um pequeno relato com exemplos de adaptações que aconteceram na minha vida, de lá pra cá muitos outros ocorreram e como você já sabe, precisei me adaptar. Por essa ser a principal habilidade na sua vida, deixo aqui alguns pontos que me ajudaram:

  1. Tenha uma visão sistêmica: A primeira característica importante é saber olhar além, à frente, no horizonte. Você precisa olhar e compreender o que pode acontecer. Fique atento às notícias, evolução ou de involução das coisas à sua volta.
  2. Ser resiliente: não tem jeito, adaptação é um processo de aprendizado e você vai ficar igual uma mola, portanto, seja resiliente e sabia que isso faz parte do processo.
  3. A paciência é seu maior aliado: quando criança sem dúvida ouviu dos seus pais: “calma, espera a sua vez”. Eles são grandes mentores da nossa vida. E estão coberto de razões nessa frase. Há um momento para cada coisa, para cada situação.
  4. Tenha um objetivo: não estou dizendo aqui para você ficar se adaptando a qualquer coisa, pulando de galho em galho, não. Adapte-se às situações dentro do seu objetivo. Você pode ter vários, então, escolha qual vale o seu esforço para desenvolver melhor essa habilidade.

E quero deixar uma última reflexão 😉

A adaptação me levou a mudar de área de atuação algumas vezes, mas nunca abandonar minhas paixões, migrei entre áreas no design. Me levou ao ecossistema de inovação de Florianópolis, um dos mais inovadores do Brasil, o que tenho muito orgulho e contribuiu muito para o meu desenvolvimento. Me trouxe muitas novas habilidades por simplesmente estar com a cabeça aberta a experimentar o novo e colocar em prática. Adaptar, é saber que algo está prestes a mudar e você não quer ficar de fora.

Adapta-se ou morra!

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Eduardo Sully 👥

Apaixonado por comportamento das pessoas e por design e sei o quanto isso influencia nas decisões de negócio e orienta a inovação. Cases e mais eduardosully.com