People First — Pessoas em primeiro lugar
E o que isso tem haver com experiência das pessoas em produtos digitais?
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A organização que você trabalha usa do termo “fazemos para nossos clientes pois eles são pessoas?
Essa é uma abordagem para tudo que fazemos na vida. Precisamos sempre colocar as pessoas em primeiro lugar. Tudo que fazemos na vida é para alguém, e na tecnologia isso se tornou a base.
Relacionamento e profundidade humana são fundamentais para a compreensão de situações e produzir resultados mais duradouros, o problema é que nós não evoluímos o suficiente para compreender os comportamentos dos outros.
É importante pensar a respeito de como adaptar o produto à pessoa devida. Primeiro conhecer o público que vai usar o produto (suas preferências, cultura, exigências, seus hábitos, costumes, conhecimento técnico, comportamento, dentre outros), segundo ao identificar a sua persona, fica mais fácil pensar na elaboração e no que é mais importante aplicar ao produto e terceiro essa atitude reduz custos aumentando a chance de aceitação.
Porém, a noção de design centrado nas pessoas, é muito mais complexa, envolvendo: psicologia, social e pode estar associada a muitas outras coisas. Dentre os mais comentados está o emocional e o sentimento. Há também teorias que dizem que a experiência emocional do usuário vem da consciência cognitiva de respostas sensoriais, podendo ser modeladas e medidas.
Humanizar a tecnologia é pensar que somos pessoas e trabalhamos para outras pessoas utilizarem a nossa aplicação, é tornar as coisas para nós melhor de serem feitas e usadas. Para isso a minha primeira proposta é olhar pelos valores humanos.
Pessoas são a base de tudo. As máquinas e suas inteligências são só o meio, as pessoas são o final.
A primeira parte para entender People First
Nós somos pessoas e sempre seremos.
Use menos a palavra usuário, somos pessoas e não usuários. Trabalhamos para melhorar as experiências para as pessoas, design centrado nas pessoas, como diz Don Norman:
The word ‘user’ has always bothered me, though. I don’t like calling people users. We switched to human-centered design. Even that bothered me, I don’t call people ‘humans.’ So today, we’re calling it people-centered design.
Don Norman
Somos desenvolvedores, criativos, designers, empreendedores… mas antes de qualquer rótulo para a sua função você é uma pessoa com essência, personalidade e características específicas, nos colocamos em primeiro lugar e colocamos também nossos clientes, uma maneira de pensar mais empática, como o próximo e não como o outro.
A segunda parte para entender People First
Supere as necessidade e expectativas das pessoas.
Éum conjunto de estratégias que posicionam os clientes de um serviço ou produto como prioridade no planejamento. Todas as ideias são pensadas e desenvolvidas para atender ou superar as necessidades e expectativas do público, independentemente da forma como ele consome o seu produto. Como o nome sugere, People First é centrado no público da solução produzida.
Mantendo ainda a empatia como cerne para entender e aplicar o People First listo seis hábitos de pessoas extremamente empáticas:
Hábito 1: Acione seu cérebro empático.
Mudar nossas estruturas mentais para reconhecer que a empatia está no cerne da natureza humana e pode ser expandida ao longo de nossas vidas.
Hábito 2: Dê o salto imaginativo.
Fazer um esforço consciente para colocar-se no lugar de outras pessoas — inclusive no de nossos inimigos — para reconhecer sua humanidade, individualidade e perspectivas.
Hábito 3: Busque aventuras experienciais.
Explorar vidas e culturas diferentes das nossas por meio de imersão direta, viagem empática e cooperação social.
Hábito 4: Pratique a arte da conversação.
Incentivar a curiosidade por estranhos e a escuta radical, e tirar nossas máscaras emocionais.
Hábito 5: Viaje em sua poltrona.
Transportarmo-nos para as mentes de outras pessoas com a ajuda da arte, da literatura, do cinema e das redes sociais na internet.
Hábito 6: Inspire uma revolução.
Gerar empatia numa escala de massa para promover mudança social e estender nossas habilidades empáticas para abraçar a natureza.
A terceira parte para entender People First
Coloque propósito em tudo que faz.
A definição de um propósito é o ponto de partida para todas as conquistas.
Se você chegou até aqui é porque o seu propósito para com as pessoas está muito bem definido, e você sabe o que quer.
Não sei ao certo quando começou essa onda de ter propósito, sei que não dá só para pensar em ganhar dinheiro, e não vou escrever aqui como encontrar o seu propósito, se você fizer uma busca no Google encontrará muitos artigos relevantes, mas já pensou sobre o propósito do seu projeto?
Os objetivos do seu projeto devem ser bem definidos para impactar a vida das pessoas (aproveito para utilizar as palavras do meu amigo Stéfano Girardelli). “Geralmente um CANVAS ajuda a definir isso bem. Quando enxergo o projeto melhor consigo aplicar todas as melhorias necessárias para atingir os objetivos necessários para que alcance bons resultados e atenda as expectativas.”
Conheça bem o público que está trabalhando, identifique as características dessas pessoas e entregue mais do que é esperado.
Para te ajudar a pensar em propósito vou listar o porque eu acredito:
- Trabalhar com propósito é ter um objetivo para alcançar e saber onde quer chegar.
- Trabalhar com propósito deixa com que você seja mais um no meio da multidão.
- Ter propósito no seu projeto faz você buscar ainda mais conhecimento para melhorar e realizar.
- Ter propósito no trabalho te permite liberdade de expressão.
- O propósito ajuda na liderança do seu time, estabeleça um propósito claro e compartilhado por todos.
- O nosso foco dobra quando temos propósito.
- Disciplina é algo difícil em nossa vida, com propósito você tem mais foco para aplicá-la.
People First é um movimento que acredita que a relação entre pessoas e máquina está mudando e que precisamos cada vez mais basear as interações com produtos digitais com sentimento, confiança e propósito.
Antes de usuários SOMOS PESSOAS.
Qual é a sua opinião sobre o People First, deixe abaixo seu comentário e vamos continuar a discussão, até 2019 esse tema será abordado com ainda mais relevância.